Anoitecer Gaza: educação negada a 625 mil crianças palestinas

Toda noite, por duas horas, Asma Mustafa se senta com as 🌜 crianças pequenas do acampamento de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, para o que agora serve como escola no 🌜 estripado território. Ela se contenta com o que tem à mão: às vezes há canetas e papel para matemática e 🌜 alfabetização básicas, mas a maior parte do tempo as aulas são gastas com histórias, cânticos e brincadeiras.

"Eu estou fazendo isso 🌜 desde novembro", disse Mustafa, de 38 anos, que lecionava uma escola de garotas Gaza City antes da guerra. 🌜 "Muitas crianças estão trabalhando ou ajudando suas famílias a encontrar coisas básicas como alimentos durante o dia, mas eu tento 🌜 dar-lhes um pouco de estrutura e normalidade à noite."

A última semana deveria marcar o início do novo ano letivo na 🌜 Palestina, mas Gaza 625 mil crianças idade escolar estão entrando um segundo ano que tiveram seus 🌜 direitos à educação negados devido à guerra entre Israel e Hamas. Mais de 45 mil crianças de seis anos de 🌜 idade deveriam começar a escola este ano.

Educação parada desde outubro

Desde o ataque de Hamas 7 de outubro, quase toda 🌜 a população de 2,3 milhões da Faixa de Gaza foi deslocada de suas casas, e algumas das escolas do strip 🌜 se tornaram abrigos - mas cerca de 90% dos 307 prédios escolares públicos da Faixa de Gaza e todas as 🌜 12 universidades foram danificadas ou destruídas ataques israelenses, de acordo com o Cluster de Educação, uma coleção de grupos 🌜 de ajuda liderados pela Unicef e Save the Children.

"A educação parou totalmente desde 7 de outubro e o futuro ainda 🌜 é incerto", disse Mustafa. "Não há visão de como começamos de novo porque ainda estamos sob ataque. Tudo e todos 🌜 são alvos - as tendas, os abrigos, as escolas, as ruas. É uma situação muito perigosa."

Segundo o ministério de saúde 🌜 no território controlado pelo Hamas, cujos dados várias investigações e a Organização Mundial da Saúde encontraram ser geralmente precisos, 25 🌜 mil crianças idade escolar foram mortas ou feridas na guerra.

Infância roubada

Para aqueles que conseguem se segurar, a vida diária 🌜 se tornou uma luta sem sonho. Não há dados confiáveis, mas parece que muitas crianças foram postas a trabalhar, coletando 🌜 lenha ou construindo abrigos e lápides improvisadas. Crianças mais novas são enviadas para ficar fila por horas estações 🌜 de distribuição de água e alimentos.

Yara al-Shawa, de 22 anos, de Gaza City, descobriu no último setembro que ganhou uma 🌜 bolsa de estudos integral para um mestrado direito de direitos humanos no Qatar. Impedida de sair do estripado território 🌜 devido ao bloqueio israelense, ela e seus irmãos idade escolar agora passam o dia todo tentando manter sua família 🌜 viva e saudável.

"Meu irmão mais novo agora assume responsabilidades que nenhum